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O lateral brasileiro Adriano, atuando pela direita, marcou dois e entrou na história – pela primeira vez em um Mundial de Clubes um defensor fez dois gols numa mesma partida. Outro brasileiro e lateral, Maxwell, também fez o seu e Keita completou a goleada do Barcelona, que se aproveitou da fragilidade do Al-Sadd e principalmente de seu goleiro.
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Agasalhados, Neymar e Paulo Henrique Ganso foram focalizados várias vezes pela TV japonesa assistindo à partida no estádio que recebeu a final da Copa do Mundo de 2002, na qual o Brasil venceu a Alemanha, e que será palco do histórico confronto no domingo. Neymar viu um Messi atuando mais recuado, quase como um articulador das jogadas, contra um time inocente e que apesar dos petrodólares catarianos parecia semiprofissional.
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O técnico Pepe Guardiola, do Barça, já sabia que teria um adversário fraco – o time espanhol filmou a partida entre Al-Sadd e Esperance, na qual o time do Catar levou pressão o tempo todo, mas venceu por 2 a 1. Por isso ele poupou alguns jogadores para a final esperada: Xavi,candidato a melhor do mundo em 2011 ao lado de Messi e Cristiano Ronaldo, Daniel Alves e o chileno Alexis Sánchez ficaram fora.
O garoto Thiago Alcântara, filho do brasileiro Mazinho e naturalizado espanhol, começou entre os titulares e, com Iniesta, fazia com que o Barcelona ficasse com a bola quase todo o tempo, algo normal para o time, reconhecido por essa qualidade, mas que se sobressaiu nesta partida – com 15 minutos, os espanhóis já tinham ficado com a bola 70% desse período, marca impressionante.
Aos 24 do primeiro tempo, depois de uma bobeada do goleiro do Al Sadd, Barcelona abre o placar com um gol de Adriano - Foto: AP
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Depois de uma pressão que resultou em alguns gols perdidos por David Villa (que não anda com muita moral e teve azar também, deixando o campo machucado. A lesão pode ser grave), o goleiro Saqr mostrou que o Catar, que vai receber a Copa do Mundo de 2022, precisa aprender muito sobre futebol. Pedro cruzou, o zagueiro Koni recuou a bola e Saqr ficou indeciso: se pegasse a bola com a mão seria falta indireta, se chutasse poderia errar. Com isso resolver não fazer nada e o brasileiro Adriano dividiu a bola com ele e ela entrou.
Ponto chave
Adriano, aliás, jogou aberto na direita, quase como um ponta, já que o Al-Sadd não atacava. Provavelmente um teste de Guardiola para aproveitar o buraco que é o lado esquerdo da defesa santista, seja com o improvisado Durval, seja com Léo. Pois em jogada de Thiago, Adriano entrou pela direita e chutou cruzado para marcar o segundo do Barça, no finalzinho do primeiro tempo. No segundo tempo, Guardiola testou outra opção: Messi ainda centralizado, mais recuado, mas com a entrada de Sánchez no lugar de Villa,ele ficou aberto nas direita e Adriano atuou mais recuado – mais um indício do que pode ser a partida contra o Santos. Pela esquerda, Maxwell fez o quarto gol aproveitando nova falha do goleiro catariano. Como “meia”, Messi também é diferenciado e fez um passe preciso para Keita marcar o terceiro. Seja como atacante, seja como meio campo, Messi será o terror do Santos no domingo. Como Neymar será a dor de cabeça de Puyol, Mascherano, Abidal... FICHA TÉCNICA BARCELONA-ESP 4 x 0 AL SADD-CAT Local: Estádio Internacional de Yokohama (Japão) Data: 15 de dezembro de 2011 (quinta-feira) Horário: 8h30 (de Brasília) Árbitro: Joel Aguilar (El Salvador) Assistentes: William Torres e Juan Zumba (ambos de El Salvador) Gols: Adriano, aos 24 min e 43 min do 1°T, Keita, aos 18 min, Maxwell, aos 36 min do 2°T Cartões amarelos: Abdulmajed, Mohammed BARCELONA: Valdés; Adriano, Puyol, Mascherano e Abidal (Maxwell); Keita, Iniesta, Thiago Alcântara e Pedro; Messi e Villa (Alexis Sánchez) (Cuenca). Técnico: Josep Guardiola AL-SADD: Mohamed Saqr; Ibrahim Addulmajed, Abdulla Koni, Lee Jung e Nadir Belhadj; Talal Al Bloushi (Al Iazid), Ibrahim Khalfan, Wesam Abdulmajed e Mohammed Kasola; Mamadou Niang e Kader Keita (Al Haydos).
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